Now I'm starting to see
Maybe it's got nothing to do with me
E tudo o que havia sobrado dele era aquele jeito de beber e de ouvir jazz e sobretudo de fumar: frenéticamente. Restaram alguns sorrisos tambem esquecidos em garupas de motocicletas ou guardados em maços de cigarro de filtro vermelho. Tambem o amor era assim vermelho e acabava e era sempre necessário substituí-lo por outro antes que fosse acometida pelo desconforto da ausencia embora tivesse a absoluta certeza de que nunca precisara realmente daquilo: para nada. Sempre aquele cheiro de chuva e de carne vermelha mal passada que aparecia algumas vezes surpreendentemente dentro de solos de piano e garrafas vazias de whisky trocentos anos. Nunca soube que tamanho era o amor que as vezes era preto e branco mesmo e cabia dentro de um filme mudo ou de um disco do Frank Sinatra. Talvez fosse do tamanho daqueles presentes que vinham desembrulhados Cavalo Cachorro Bicicleta rosa-de-cestinha e milhões de histórias initerruptamente contadas em meio a músicas de orquestra polaróides velhas e cinzeiros esperando para serem esvaziados nos intervalos dos sorrisos que ficariam eternamente estampados naqueles copos pratos e talheres imundos deixados sobre a mesa.
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